sábado, 16 de abril de 2011

Escrevendo para não perder a fé perdida.

Me lembro daquela segunda-feira, quando me deparava estarrecida mexendo
meu café hibrido sobre a mesa e pensava ao mesmo tempo quanta sorte o
café continha, que mesmo mal acompanhado pelo seu oposto(leite); ele
não se encontrava tão só na louça, quanto eu encontrava em minha vida.
Esse café de mal gosto e mal feito pela minha má vontade se esfria com
a minha respiração quase que "insentível" , como a de um defunto tão
branco quanto o leite que ainda não se misturou em meu café remexido
com a pouca vontade e esperança contida, pouca esperança já
morta, quanto a madrugada, minha face e meu café já frio.

Ignoro repentinamente a mistura intragável, como ignoro momentaneamente
meus problemas e minha vida, bruscamente apanho uma garrafa de wisky
inacabado e acabo com o restante do meu juizo que ainda me restava da
madrugada mal dormida, encontro outras garrafas amigas, já vazias e
faço-lhes companhia, sem esforço sinto-me uma delas e em casa estou
nessa insolitez solitária da embriagues sombria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário