sábado, 16 de abril de 2011

Desatenta

Pingou uma gota de alcool na letra C do meu papel,
enquanto eu tentava tirar o nojo de voce de minhas mãos,
percebi que o alcool escorreu por entre meus dedos e desapercebidamente borrou a letra rabiscada, quase inintendivel feito por meu pulso cortado, marcado pelo tempo do erro.
Essa letra é como meu coração mau acabado e a gota é como meus sentimentos, que se esvaem de minhas mãos e invade cada fibra do papel, essas fibras representam marcas de minha vida mal vivida , e os borroes confunde o leitor de minhas entre linhas.
Após alguns minutos analisando friamente o ocorrido, percebo só as manchas e borrões que o alcool deixou no papel escrito,
assim como meus sentimentos o alcool não estavam mais la, só restaram as marcas que o tempo não vai mais apagar.

Escrevendo para não perder a fé perdida.

Me lembro daquela segunda-feira, quando me deparava estarrecida mexendo
meu café hibrido sobre a mesa e pensava ao mesmo tempo quanta sorte o
café continha, que mesmo mal acompanhado pelo seu oposto(leite); ele
não se encontrava tão só na louça, quanto eu encontrava em minha vida.
Esse café de mal gosto e mal feito pela minha má vontade se esfria com
a minha respiração quase que "insentível" , como a de um defunto tão
branco quanto o leite que ainda não se misturou em meu café remexido
com a pouca vontade e esperança contida, pouca esperança já
morta, quanto a madrugada, minha face e meu café já frio.

Ignoro repentinamente a mistura intragável, como ignoro momentaneamente
meus problemas e minha vida, bruscamente apanho uma garrafa de wisky
inacabado e acabo com o restante do meu juizo que ainda me restava da
madrugada mal dormida, encontro outras garrafas amigas, já vazias e
faço-lhes companhia, sem esforço sinto-me uma delas e em casa estou
nessa insolitez solitária da embriagues sombria.

Trovas psiquicas

Risca o risco do rabisco riscado, do marco do texto do giz intacito,

Rima a lima da rispida calada, e separa a gente de bico fechado,

Grita o grito do riso forçado, e ria da vida de forma implacido,

Grifa a grifo da grife grifado, e voa na mente do bixo alado,

Tecla na tecla do teclado mudo, e diga o digito pra todo mundo,

Inspire e respire bem profundo, e nao se esqueça desse ar imundo.